"Um Brinde à Minha Ariadne"
Na antiga cidade de Míconos, banhada pelas águas cristalinas do mar Egeu, um grupo de arqueólogos descobriu um papiro em meio às ruínas de um templo esquecido. O pergaminho, desgastado pelo tempo, revelava um soneto avant la lettre, de cujo texto se erguia um brinde à beleza e ao amor, onde a amada era comparada à mítica Ariadne, a mulher que guiou Teseu pelo labirinto.
As palavras, em uma caligrafia fluida como o próprio mar, dançavam em versos, entrelaçando o amor e a saudade, evocando a imagem da deusa em seu fio dourado, capaz de iluminar os caminhos mais sombrios. Os arqueólogos, encantados, decifraram as frases que pareciam sussurrar segredos ancestrais, como se a própria Ariadne tivesse inspirado o autor em uma noite estrelada.
Hoje, apresentamos pela primeira vez a tradução desse poema perdido, uma ode à paixão que ressoa através dos séculos. Prepare-se para mergulhar nesse universo surreal onde o amor se entrelaça com a mitologia, e as emoções se tornam eternas.
Um Brinde à Minha Ariadne
É raro, em meio à confusão,
encontrar o fio que que vai
da redondeza que distrai
ao núcleo do coração.
Mas ei-lo aqui na minha mão!
A guiar meus passos de volta
Dos devaneios da revolta
A essa fonte de retidão.
Fio derramado no chão
do enigma que, de outro modo,
levar-me-ia à perdição...
Amor, logo, de salvação,
ao qual eu levanto meu copo
transbordante de gratidão!